Afinal, quantos profissionais o Brasil tem ativos?
Em meados de 2015, a construção civil estava em alta com grandes projetos e investimentos de norte a sul do Brasil. No entanto, a realidade dos últimos 4 anos é totalmente diferente no setor AEC (arquitetura, engenharia e construção), os elevados índices de desemprego saltaram desproporcionalmente. De fato, muitos profissionais acabaram desmotivados e sem saber como exercer a profissão na construção civil. Estima-se que até agosto de 2019, o período de estagnação tem dado sinais de melhorias, o último levantamento do CAGED / SEPT -ME (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) relata um saldo positivo de 89 280 registros formais.
Além disso, estudantes e recém-formados têm relatado grandes dificuldades em conseguir trabalhos ou obras, devido à escassez de oportunidades e exigências severas dos contratantes. Contudo, o perfil do profissional mudou e o mercado continua preso aos protocolos, por exemplo, requisitos de experiência e idade. De certo, a carreira profissional acaba ficando em segunda opção, pois, maioria dos desempregados são arrimos de família.
Ainda mais, que o número de profissionais com registo ativo cresceu, o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) estima-se que estão ativos 341 007 engenheiros civis. Logo, a região sudeste tem uma retenção dos profissionais, causando uma maior competitividade entre a classe. Da mesma forma, o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) em agosto, divulgou que são 106 mil registros ativos, sendo que 58 607 profissionais vivem na Região Sudeste.
Como vencer a competitividade do mercado de trabalho?
Sem dúvidas, nenhum profissional almeja guarda o diploma no fundo da gaveta e abrir mão da carreira, por motivos de dificuldades e desemprego. A princípio, já refletiu quais são os serviços que possuem maior e menor competitividade? Faça uma lista e veja se o seu nicho está com saturação, embora o bom prestador de serviço jamais fica parado por muito tempo.
Por outro lado, o mercado tem cobrado a praticidade em resolver problemas, dinamismo e proatividade dos colaboradores. Outro aspecto relevante é que as empresas estão menos rigorosas com a instituição de formação do profissional, tornando as oportunidades igualitárias. Tendo em vista, que ao sair da faculdade o emprego é incerto, alguns profissionais optaram por exercer a profissão na construção civil, por meio do empreendedorismo.
Ainda que o empreendedorismo seja um bicho de sete cabeças para muitos, algumas instituições oferecem suporte na abertura do CNPJ e consultoria para a modalidade da empresa. Assim o profissional não corre o risco da informalidade e prejuízos nos negócios. Contudo, a busca por novos mercados tem direcionado os profissionais para áreas pouco exploradas na construção civil, gerando oportunidade de trabalho em diversos setores, confira algumas atividades:
Energia Fotovoltaica
parceria com engenheiro eletricista é uma boa saída, a demanda para os próximos anos tem aquecido o mercado, confira mais informações sobre equipamentos e funcionamento no site da ANEEL aqui.
Fábrica de pré-moldados:
a utilização não requer grandes investimentos, apenas uma avaliação regirosa do responsável técnico da empresa. Sendo levado em consideração as normas ABNT NBR 14.931/2004 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento – e ABNT NBR 12.655/2015 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação – Procedimento.
Projetos específicos:
sair da zona de conforto e aprofundar os estudos em projetos (ar-condicionado, AVCB, estrutural e fundações) acaba tornando o profissional especialista no assunto. Além disso, parcerias com outros escritórios, profissionais e mestres de obras é vantajoso, proporcionando uma rede forte de contatos.
Como iniciar meus trabalhos na área escolhida?
Os três pilares que vão tornar as suas escolhas mais seguras e capazes de auxiliar ao exercer a profissão na construção civil, são: conhecimento, prática e networking. Partindo do ponto que todo seu planejamento profissional está feito, se liga em cada característica da tríplice de sustentação.
- Conhecimento: certamente os conhecimentos técnicos são adquiridos todos os dias, o repertório de projetos garante boas noções e novos pontos de vistas. Para que o repertório de projetos melhore é recomendada a prática, por meio de simulações ou revisões de projetos, se possível faça alguns projetos a mão e veja quais assuntos com dúvidas e busque as respostas (professores, amigos, internet e outros meios).
- Prática: a primeira obra ou projeto desperta inúmeros medos, principalmente quando o prazo é curto. A organização é a palavra-chave, tenha um cronograma do que deve ser feito e monitore o tempo para não atrasar na entrega ou aprovação do projeto. Com o tempo, as situações vão se tornando mais amigáveis e menos dolorosas.
- Networking: qual razão ter um bom conhecimento e não oferece-ló para o mundo? Sair de casa, frequentar ambientes que os seus potenciais clientes estão, colocar o seu cartão de visita no bolso, visitar lojas de materiais de construção são passos básicos para cultivar bons amigos. Por conseguinte, os amigos poderão indicar com confiança os serviços para terceiros, faça ser visto na sua cidade e região.
Por fim, não existe uma receita ou fórmula mágica para monetizar a profissão. Sendo assim, o esforço, confiança e boa vontade de aprender são indispensáveis para conseguir atuar com ética e profissionalismo. Logo, receber vários “não” é um incentivo para continuar a jornada e criar calos que fortalecem o indivíduo das adversidades do mercado, apenas foque em um caminho e siga em frente.