Os significados dos “Ds” do BIM

BIM E DIMENSÕES

Saber os significados e aplicações das dimensões dos processos BIM, proporciona melhor aproveitamento e eficiência do projeto

No contexto atual, os projetos estão fornecendo cada vez mais detalhes sobre o objeto de estudo. Contudo, a geração de dados deve ser realizada de forma organizada para minimizar o volume de informações sem valor. Quando o projeto possui um filtro de informações, a gestão consegue obter maior envolvimento das partes interessadas, diminuindo as chances de falhas.

                                                                             BIM e dimensões

Dessa forma, a equipe deve está empenhada para alcançar os resultados estipulados. O Brasil passa por um momento de plena conscientização que necessita de aperfeiçoamento das ferramentas utilizadas. Convém lembrar que os processos CAD (Desenho Assistido por Computador) é o mais popular, porém a inovação e otimização dos trabalhos é algo que deixa a desejar. Logo, países como Holanda e Estados Unidos já aplicam os processos BIM, que viabilizam a economia, transparência em obras públicas, diminuição de conflitos e outros.

Entretanto, a geração de dados é classificada conforme sua importância para o projeto e / ou contrato. Decerto, maioria dos profissionais têm conhecimento e prática do 1D ao 3D. Por conseguinte, quando tais níveis são desenvolvidos sem critérios ou dados inconsistentes  não são caracterizados como BIM (leia mais O que fazer com os dados gerados no Revit?). O 3D é  a representação da edificação em três dimensões, ou seja, todo projeto é visto em um ambiente virtual, facilitando a compreensão e diminuindo possíveis falhas de compatibilização com outros projetos, por meio do clash detection (detecção de interferências).

                        Edíficio Residencial – Arquivo Pessoal

Afinal, qual a relação dos outros níveis com BIM?

Sobretudo, o nível 4D pode ser integrado no planejamento da obra, por consequência, o cronograma estará em conformidade com o modelo 3D. No entanto, os dados gerados devem condizer com a realidade do empreendimento, facilitando o acompanhamento do gestor da obra. A ferramenta MS Project (curso aqui) é uma grande aliada no processo de elaboração do cronograma, potencializando o aprimoramento com o Naviswork.



 

Além disso, o modelo 5D consiste em mensurar as quantidades e custos, somente é possível com a representação 3D modelada. A princípio a extração dos materiais é realizada de forma automática, pois, o modelo 3D contribuirá com as informações. Na prática funciona da seguinte maneira: cria-se e exporta dos dados do  Revit para o Excel ou com a utilização de plug-in capaz de automatizar os dados. (Autodesk QTO, Sage Timberline e outros).

6D é vinculado ao processo de eficiência energética, obtendo obras mais inteligentes e sustentáveis. O 7D é utilizado na gestão e gerenciamento das instalações do empreendimento. O ciclo de vida da edificação é monitorado, tendo o objetivo do aproveitamento da fase de concepção até a demolição. Simplificando, as obras terão um registro capaz de identificar todos os processos realizados, independente do tempo de consulta aos documentos.




            6 D – Sustentabilidade

Contudo, cabe ao contrato definir quais serão os níveis  exigidos para o desenvolvimento do projeto. Visto que, cada “D” possui relevância, seja na rapidez de extração de quantitativos, controle dos custos e padronização dos documentos. Ainda cima, o auxílio na tomada de decisões e definições do escopo de projeto são itens beneficiados ao percorrer de cada etapa.

Portanto, o modelo 3D é a base para elaboração do gerenciamento da obra, orçamento, sustentabilidade e funcionamento da edificação. Certamente, a junção da construção e tecnologia garantem bons os resultados e maior cuidado com a natureza.