Como fazer fundação radier é o ponto de partida para construir uma edificação segura e econômica. Engenheiros e construtores utilizam essa técnica de fundação rasa para distribuir cargas uniformemente ao solo, garantindo estabilidade em diversas obras. Além disso, a escolha do radier depende de estudos geotécnicos detalhados, como a sondagem do solo, que avalia a capacidade de suporte do terreno.
1. O que é a Fundação Radier?
Engenheiros definem a fundação radier como uma laje de concreto que suporta cargas da estrutura diretamente no solo. Construtores aplicam essa solução em obras variadas, e você aprende como fazer fundação radier ao seguir passos precisos.
Definição para Leigos
Você imagina uma grande placa de concreto sob a casa? Engenheiros constroem a fundação radier assim: eles distribuem o peso da edificação uniformemente no terreno. Portanto, o radier evita afundamentos irregulares. Construtores preparam o solo, instalam armaduras e concretam a laje. Além disso, essa base rasa custa menos que opções profundas. Você usa o radier em casas pequenas ou edifícios baixos, desde que o solo resista bem. Porém, consulte um profissional para avaliar o terreno antes de iniciar.

Conceito Técnico
Engenheiros calculam a fundação radier como uma laje apoiada no solo, análoga a lajes convencionais. Eles dimensionam armaduras superiores e inferiores com malhas base, ajustando espaçamentos para esforços elevados. Por exemplo, programas de software configuram bitolas de 8mm a 10cm na malha superior e adicionam regiões extras se necessário. Construtores desabilitam malhas inferiores quando insuficientes, garantindo suporte via reforços localizados. Além disso, o radier distribui tensões via resistência do solo, com profundidade máxima de 3 metros. Portanto, geotécnicos realizam ensaios SPT para confirmar viabilidade. Você executa como fazer fundação radier limpando o terreno, impermeabilizando, armando e concretando.
2. Quando o Uso do Radier é Indicado?
Engenheiros indicam o radier quando o solo suporta cargas sem recalques excessivos. Construtores optam por essa fundação em obras onde sapatas ocupam mais de 60% da área, pois ela distribui esforços uniformemente. Além disso, profissionais usam radier em edifícios altos, como o Burj Khalifa, com versão estaqueada. No entanto, você verifica a resistência do terreno primeiro, evitando problemas futuros.
Para o Leigo: Em que tipo de terreno posso usar radier?

Você usa radier em terrenos firmes, como solos argilosos ou arenosos com boa capacidade de carga. Engenheiros recomendam para casas populares ou edifícios baixos, desde que o solo resista às cargas. No entanto, evite solos moles sem reforços, pois eles causam assentamentos. Portanto, contrate um geotécnico para testar o local, e prossiga se o terreno permitir distribuição uniforme de peso. Além disso, radier funciona bem em áreas com lençol freático elevado, se impermeabilizado corretamente.
Para o Especialista: Critérios Técnicos de Aplicabilidade
Geotécnicos aplicam critérios como capacidade de carga do solo maior ou igual aos esforços da estrutura. Engenheiros verificam deformações compatíveis com o estado limite, usando ensaios SPT para medir resistência. Além disso, profissionais consideram solos moles viáveis com estudos específicos, evitando colapsos. Portanto, calcule a tensão admissível e limite recalques diferenciais. No entanto, combine com estacas em terrenos porosos de alto risco. Assim, você garante durabilidade ao seguir normas como ABNT NBR 6122/2019.
3. Quais as Vantagens e Desvantagens?

Engenheiros destacam o radier por equilibrar custo e eficiência. Construtores o aplicam em projetos variados, mas consideram limitações específicas. Assim, explore os detalhes a seguir.
Vantagens
Você economiza ao escolher radier, pois ele custa menos que sapatas corridas. Engenheiros notam redução de mão de obra, já que o processo exige escavações simples. Além disso, construtores aceleram a execução, diminuindo o tempo de obra. Por exemplo, equipes instalam o radier rapidamente em terrenos firmes, como solos argilosos tratados. Portanto, o radier oferece liberdade arquitetônica e reduz recalques diferenciais, garantindo estabilidade. Em resumo, profissionais aproveitam sua versatilidade para obras pequenas, como casas populares.
Desvantagens
No entanto, você enfrenta riscos se o concreto armado não receber tratamento, podendo surgir fissuras. Engenheiros alertam que aumentar resistência exige mais concreto, elevando custos. Além disso, construtores limitam adaptações futuras em tubulações subterrâneas, já que instalações ocorrem antes da concretagem. Portanto, evite radier em edifícios esbeltos ou com cargas concentradas, pois ele não suporta bem esses casos. Assim, planeje cuidadosamente para evitar problemas estruturais.
4. Radier para Sobrados: É Seguro?

Engenheiros confirmam que o radier suporta sobrados quando o solo oferece resistência suficiente. Construtores ajustam o dimensionamento, como mostram as figuras anexas, para garantir estabilidade. Além disso, profissionais reforçam armaduras em áreas de maior carga, assegurando segurança estrutural.
O Leigo Pergunta: Posso construir uma casa de dois andares sobre radier?
Você constrói um sobrado sobre radier se o terreno aguentar o peso. Engenheiros testam o solo com ensaios SPT e recomendam radier para solos firmes, como argila compactada. No entanto, evite terrenos moles sem reforços, pois eles cedem. Portanto, contrate um geotécnico para analisar antes de começar. Além disso, o radier distribui cargas uniformemente, tornando-o seguro com projeto correto.
O Especialista Analisa: Dimensionamento para Múltiplos Pavimentos
Geotécnicos dimensionam o radier para sobrados calculando a capacidade de carga do solo (q_adm) e ajustando a espessura (h ≥ L/30). Engenheiros reforçam malhas base com bitolas de 8mm a 10cm e adicionam regiões extras sob pilares, como na figura 3. Além disso, softwares verificam momentos fletores (M = q * L^2 / 8) e punção (τ = V / u * d). Portanto, profissionais garantem segurança estrutural seguindo NBR 6118, mesmo com dois pavimentos, desde que o solo suporte.
5. Sondagem do Solo e Motivo da Escolha do Radier

Engenheiros realizam a sondagem do solo para avaliar as condições geotécnicas antes de escolher o radier. Construtores dependem desses dados para garantir que a fundação suporte as cargas da edificação com segurança. Além disso, a sondagem justifica a viabilidade do radier como solução ideal em muitos casos. Portanto, eu explico o processo e os motivos que orientam essa decisão.
Processo de Sondagem do Solo
Geotécnicos conduzem a sondagem do solo, geralmente por meio do ensaio SPT (Standard Penetration Test), que mede a resistência à penetração de uma amostra. Engenheiros perfuram o terreno até uma profundidade de 3 a 5 metros, coletando dados sobre camadas de solo, como argila, areia ou rocha. Construtores analisam o índice de resistência (N), onde valores acima de 10 indicam solos médios a firmes, ideais para radier. Além disso, profissionais avaliam a capacidade de carga (q_adm), geralmente entre 1,5 e 3 kg/cm² para solos típicos, e a deformabilidade, verificando recalques aceitáveis. Assim, equipes registram um laudo geotécnico com resultados que orientam o projeto.
Motivo que Justifica a Escolha do Radier
Engenheiros justificam a escolha do radier quando a sondagem revela solo superficial com capacidade de carga suficiente para suportar a superestrutura sem fundações profundas. Construtores optam por ele se a área de fundação direta excede 60% do terreno, tornando sapatas ou blocos menos econômicos. Além disso, o radier distribui cargas uniformemente, reduzindo recalques diferenciais, conforme destacado no documento. Por exemplo, em solos argilosos ou com lençol freático elevado, profissionais combinam radier com impermeabilização ou estacas, adaptando-se a condições específicas. Portanto, a sondagem confirma que o radier economiza tempo, material e mão de obra, justificando sua aplicação em residências populares e edifícios baixos, desde que o solo atenda aos critérios técnicos da ABNT NBR 6122/2019.
6. Custo: Quanto Custa o Metro Quadrado do Radier?

Engenheiros estimam o custo do radier considerando o tipo de solo e o projeto. Construtores variam os valores com base em regionais, mas eu detalho para leigos e especialistas.
Estimativa de Custo para o Leigo
Você gasta entre R$ 150 e R$ 300 por metro quadrado, dependendo do terreno. Engenheiros incluem concreto, armadura e lastro de brita nesses valores. Além disso, o custo sobe se precisar de impermeabilização ou reforços. Portanto, contrate um orçamento detalhado, pois terrenos firmes barateiam o processo. Por exemplo, um sobrado de 100 m² pode custar entre R$ 15.000 e R$ 30.000, excluindo acabamento.
Composição de Custo para o Especialista
Geotécnicos desdobram o custo em materiais (concreto R$ 80-150/m², aço R$ 30-50/m²) e mão de obra (R$ 30-70/m²). Engenheiros ajustam conforme espessura (h ≥ L/30) e armaduras extras, como 8mm a 10cm. Além disso, custos aumentam com ensaios SPT e logística. Portanto, softwares estimam R$ 200/m² médio, variando 20% por região, conforme NBR 6118.
7. Cargas Aplicadas no Radier

Engenheiros aplicam cargas provenientes da superestrutura no radier. Construtores consideram cargas de pilares, paredes e alvenarias, além do peso próprio da laje. Por exemplo, o documento detalha que o radier recebe todas as cargas através de pilares ou alvenarias. Além disso, profissionais reforçam armaduras sob essas áreas para repartir esforços. Portanto, o radier suporta cargas verticais, como peso morto e vivo, e cargas horizontais em casos específicos.
Como as Cargas São Transmitidas ao Solo
Construtores transmitem as cargas ao solo por meio da tensão admissível do terreno. Engenheiros projetam o radier como uma laje que distribui esforços uniformemente em uma grande área. Por exemplo, o documento menciona que o radier descarrega cargas pela resistência da base, transmitindo-as diretamente ao solo sem elementos intermediários. Além disso, armaduras superiores e inferiores ajustam-se para suportar momentos fletores e punção. Portanto, o solo absorve pressões baixas e uniformes, reduzindo recalques diferenciais.
Diferenças com Outras Fundações Rasas
Engenheiros diferenciam o radier de fundações rasas como sapatas, blocos e grelhas pela cobertura total da área. Construtores utilizam sapatas para cargas concentradas em pontos isolados, enquanto o radier abrange toda a projeção da construção. Por exemplo, o documento compara o radier a uma laje convencional, mas lançada sobre o solo. Além disso, sapatas ocupam áreas menores e transmitem cargas localizadas, aumentando riscos de recalques diferenciais. Portanto, o radier oferece melhor distribuição em solos com capacidade moderada, tornando-o ideal para obras onde fundações diretas excedem 60% da área.
8. Sugestão de Traço de Concreto para Fundação Radier

Engenheiros recomendam traço de concreto para radier baseado em resistência necessária, como fck de 20 a 25 MPa para obras residenciais. Construtores utilizam com frequência o traço 1:3:4 (cimento: areia: brita) por volume, que garante durabilidade em solos firmes.
No entanto, fontes práticas sugerem ajustes em unidades comuns no Brasil, como 1 saco de cimento (50 kg) : 5 latas de areia (18 L cada) : 6,5 latas de brita : 1,5 lata de água, o que equivale aproximadamente a 1:2,5:3,3 em volume real. Profissionais adicionam água para fator água/cimento de 0,5 a 0,6, ajustando consistência para slump de 8-12 cm. Além disso, utilize concreto usinado para grandes volumes, especificando fck 25 MPa e brita 1 ou 2.
Como Fazer o Quantitativo dos Materiais para o Radier

Construtores calculam quantitativo de materiais começando pelo volume de concreto. Engenheiros determinam volume V = área da laje (comprimento × largura, em m²) × espessura (geralmente 0,10 a 0,20 m).
Por exemplo, para radier de 10 m × 10 m × 0,15 m, V = 100 m² × 0,15 m = 15 m³.
Em seguida, multiplique V pelo consumo por m³ conforme traço. Para 1:3:4:
– Cimento: 280-300 kg/m³ (5,6-6 sacos de 50 kg/m³).
– Areia: 0,45-0,50 m³/m³.
– Brita: 0,60-0,65 m³/m³.
– Água: 140-180 L/m³.
Para o exemplo de 15 m³ com traço 1:3:4:
– Cimento: 15 × 300 kg = 4.500 kg = 90 sacos.
– Areia: 15 × 0,48 m³ = 7,2 m³.
– Brita: 15 × 0,64 m³ = 9,6 m³.
– Água: 15 × 160 L = 2.400 L.
Profissionais adicionam 5-10% de margem para perdas. Além disso, calcule armadura separadamente, usando malha de aço como Ø8 mm a 10 cm (conforme documento). Consulte engenheiro para ajustes baseados em solo e cargas.
9. Processo de Concretagem em Fundação Radier

Construtores iniciam a concretagem após posicionar instalações hidrossanitárias e elétricas, evitando perfurações posteriores que elevam custos. Engenheiros verificam as armaduras dimensionadas, com malhas base e reforços sob pilares, conforme o projeto geotécnico. Em seguida, equipes lançam o concreto in loco, utilizando bombas estacionárias ou jericas para grandes áreas. Profissionais vibram a massa com vibradores de imersão para eliminar bolhas de ar e compactar o material uniformemente. Assim, eles evitam juntas frias ao concretar de forma contínua e em camadas de até 30 cm de espessura. Construtores controlam o slump (consistência) entre 8 e 12 cm para facilitar o espalhamento sem segregação. Além disso, equipes nivelam a superfície com réguas vibratórias ou desempenadeiras, garantindo a espessura projetada, geralmente de 15 a 30 cm. Por fim, profissionais removem formas laterais após 24 horas, mas mantêm a estrutura protegida.
Práticas de Cura do Concreto em Radier
Engenheiros iniciam a cura imediatamente após a concretagem para manter a umidade e temperatura ideais, promovendo hidratação do cimento. Construtores aplicam métodos como cura úmida, cobrindo a laje com lonas plásticas ou sacos de aniagem molhados por pelo menos 7 dias. Além disso, equipes aspergem água periodicamente, especialmente em climas quentes, para evitar evaporação rápida que causa retração e fissuras. Profissionais utilizam compostos químicos de cura, como membranas acrílicas ou paraffinadas, pulverizadas sobre a superfície fresca. Assim, eles previnem manifestações patológicas como eflorescência ou perda de resistência. Em fundações radier, construtores consideram o contato direto com o solo, isolando com lastro de brita e impermeabilização prévia. Portanto, a cura dura no mínimo 7 dias para concreto convencional, estendendo-se a 14 dias em condições adversas, garantindo durabilidade.
Resultado Final aos 28 Dias da Concretagem

Engenheiros avaliam a resistência do concreto aos 28 dias, quando ele atinge cerca de 99% da resistência característica de projeto (fck), tipicamente 20 a 30 MPa para radier. Construtores coletam corpos de prova durante a concretagem e testam em laboratórios credenciados, conforme NBR 5739. Assim, profissionais confirmam se o concreto suporta cargas da superestrutura sem deformações excessivas. Aos 28 dias, equipes removem proteções e prosseguem com a construção, como montagem de paredes, desde que os resultados atendam ao projeto. Além disso, o radier exibe superfície uniforme, sem fissuras visíveis, e distribui cargas ao solo de forma eficiente. Portanto, construtores monitoram recalques iniciais para validar a execução. Em caso de discrepâncias, engenheiros investigam causas como má cura ou traço inadequado, ajustando futuras etapas.
10. Normas Técnicas Aplicáveis
Engenheiros seguem a ABNT NBR 6122/2019 para fundações rasas, definindo critérios de carga. Construtores aplicam NBR 6118 para dimensionamento, verificando tensões e armaduras. Além disso, a NBR 6110 regula concreto armado, garantindo segurança. Portanto, consulte essas normas para executar como fazer fundação radier com qualidade.
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